Estamos envelhecendo, e isso não é novidade, não é mesmo? O envelhecimento da população é um fenômeno mundial que está fortemente associado aos avanços das ciências e tecnologias, permitindo vivenciarmos esta transição demográfica que prolonga a expectativa de vida.
À medida que isso ocorre, emergem desafios para manter a funcionalidade e a qualidade de vida. A busca por uma longevidade saudável vai além do que simplesmente viver mais; trata-se de envelhecer preservando a funcionalidade física e mental ao longo dos anos.
Envelhecer de forma saudável exige conscientização. Isso implica saber lidar com a perda inevitável de algumas capacidades. Para manter a funcionalidade, é imprescindível que tenhamos atitudes e abordagens que contemplem o cuidado com o corpo, a mente e o espírito. A meta é preservar ao máximo nossas capacidades físicas, como força muscular, mobilidade e equilíbrio, bem como habilidades cognitivas, como memória, atenção e tomada de decisões, mantendo assim nossa autonomia para realizar atividades diárias até o fim da vida.
Estudos demonstram que o exercício físico reduz o risco de doenças crônicas, como doenças cardiovasculares e diabetes, contribuindo diretamente para uma vida mais longa e saudável. Contudo, deve-se considerar que os bons hábitos alimentares, manter relacionamentos sociais e um envolvimento comunitário ativo são também fundamentais para o bem-estar mental e emocional.
Comprovando isso, Dan Buettner, pesquisador norte-americano, identificou algumas regiões do mundo onde as pessoas têm uma expectativa de vida significativamente mais alta do que a média global. Ele destaca que as populações de Okinawa (Japão), Sardenha (Itália), Icária (Grécia), Nicoya (Costa Rica) e Loma Linda (Califórnia, EUA) possuem características comuns: longevidade e preservação da funcionalidade física e mental até as idades avançadas.
Okinawa, ilha do Japão, possui uma das populações mais longevas do mundo. Um dos fatores para essa longevidade é a dieta pobre em calorias e rica em vegetais, especialmente a batata-doce. Além disso, a filosofia de vida “ikigai”, que se refere ao “propósito de vida”, proporciona aos habitantes uma razão para viver, o que está associado a menores níveis de estresse e melhor saúde mental.
A pesquisa, que virou documentário na Netflix – “Como Viver até os 100: Os Segredos das Zonas Azuis”, evidenciou que envelhecer saudavelmente e com plenitude funcional não está apenas relacionado aos fatores genéticos, mas também às escolhas de estilo de vida, enfatizando a importância das questões sociais e culturais que promovem a saúde e o bem-estar.
Sendo assim, conclui-se que não existem segredos para o envelhecimento saudável. Para alcançá-lo, devemos assumir responsabilidades, ter disciplina e agir positivamente no presente, considerando que, lá na frente, colheremos a semeadura que fizemos. Para desfrutar da vida ao máximo, precisamos fazer escolhas conscientes que garantam a preservação da nossa vitalidade e minimizem as limitações que ocorrerão com o ar dos anos.
Que tal se inspirar nas Zonas Azuis? Até a próxima!
