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Início Coluna Aventuras Maternas

Neurodiversidade: mães falam sobre os desafios de suas rotinas

Priscila Correia Por Priscila Correia
10/05/2025 - Atualizado em 14/05/2025
Em Coluna Aventuras Maternas
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Falar sobre maternidade é mergulhar em um universo de descobertas, desafios e muitas dúvidas. Mas quando essa jornada acontece fora do padrão — no território das crianças neurodivergentes — os caminhos se tornam ainda mais complexos – a colunista aqui do outro lado da tela, inclusive, sabe bem disso. Afinal, sou mãe de duas crianças superdotadas e aprendi, na prática, que lidar com o extraordinário exige mais do que amor e dedicação: exige preparo, escuta, paciência e, muitas vezes, reinvenção diária.

Mãe de três meninos superdotados, a médica endocrinologista Jacy Alves conta que, ao contrário do que muitos imaginam, a superdotação não significa uma vida mais fácil; pelo contrário, exige atenção redobrada, adaptações na educação, novas abordagens no dia a dia e muito diálogo familiar. “Ter um filho superdotado já traz necessidades específicas, agora imagine isso multiplicado por três. Mas tudo vale muito a pena no final, é uma alegria imensa poder ver seus filhos superando as situações e desenvolvendo as suas habilidades”, diz. Miguel, de 6 anos, por exemplo, começou a falar com 7 meses e, antes dos 6 anos, já havia escrito um livrinho. Tanto ele quanto Gael, de 5, são membros da Mensa, a sociedade internacional que reconhece pessoas com alto QI. Além disso, Gabriel, com 8 anos, também tem dupla excepcionalidade, pois além de ser superdotado, é autista de nível 1 (antigamente denominada Síndrome de Asperger). “É preciso dar uma atenção maior quando se tem um superdotado na família, o cérebro deles funciona em ritmos diferentes e é necessário um método de ensino adaptado”, pontua Jacy.

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Para Jacy , a maternidade é um exercício diário de equilíbrio emocional, pois uma das maiores características deles é a intensidade emocional e a sobre-excitabilidade, onde há uma reação mais intensa e sensível a estímulos, que pode se manifestar em diferentes áreas. Entre o desejo de potencializar habilidades e a preocupação com o bem-estar psicológico dos filhos, ela ressalta a importância do diálogo, da adaptação constante e do e mútuo familiar.

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E para celebrar o Dia das Mães, na coluna de hoje, vamos falar um pouco mais sobre essa rotina diferente das mães atípicas.

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Um maternar “diferente”

Se a maternidade, por si só, já é uma grande desafio, para mães atípicas é ainda mais complicado. Afinal, o acúmulo de dúvidas, somado à falta de e adequado, gera uma carga emocional imensa para as mães.

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As mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), por exemplo, enfrentam desafios diários que vão além do cuidado físico. A neuropsicóloga Bárbara Calmeto, diretora do Autonomia Instituto, destaca que, além das dificuldades práticas, as incertezas sobre o comportamento dos filhos e a falta de conhecimento inicial geram uma sobrecarga emocional significativa. “As dúvidas são parte dessa sobrecarga e a informação é a chave para trazer mais tranquilidade para essas mães”, pontua.

O primeiro desafio é compreender o Autismo. Muitas mães começam a enfrentar a sobrecarga emocional já no processo de tentar entender o que se a com seus filhos. E a ansiedade, a frustração e as dúvidas frequentes sobre o comportamento da criança são parte desse fardo. “Essas mães frequentemente não sabem como interpretar os sinais de seus filhos e isso aumenta a pressão,” explica Calmeto. A falta de entendimento sobre essas características cria um ciclo de dúvidas, que impacta o emocional das mães. Nesse sentido, a informação sobre o autismo — tanto em casa quanto em ambientes como a escola — torna-se fundamental para aliviar essa carga. “Informar-se sobre o comportamento do filho é o primeiro o para o alívio emocional. Quando as mães entendem os processos, conseguem desenvolver estratégias e ferramentas para lidar com as situações de forma mais tranquila,” destaca Calmeto.

Além do TEA, outra condição que impõe muitos desafios é a Síndrome de Down, especialmente nos primeiros anos. Renata Dourado, mãe de Gabriel, de 12 anos, não sabia que o filho tinha Trissomia 21 antes do nascimento – nenhum exame durante a gestação levantou a hipótese. “Eu descobri depois que nasceu e foi bastante difícil. Nunca tinha lido nada sobre o assunto. Então, eu comecei a estudar muito, pois eu sabia que seria desafiador. Fui orientada, ainda na maternidade, a procurar terapias diversas e um cardiologista. Imagine o que é para uma mãe solo, que sonhou a vida toda com aquele momento, pegar o seu bebê e ir na primeira semana a um cardiologista? Então, já nos primeiros dias de vida, ele começou fono, fisio e tudo mais que me indicaram. Ele tinha, por exemplo, uma alergia severa à leite, que demorei muito para encontrar o alimento correto que pudesse substituir essa proteína. Fora os episódios de engasgo e outras situações. Eu nunca tive medo ou congelei diante dos desafios, mas estudei muito, e ainda estudo, sobre a T21. Hoje, ele é um adolescente saudável, que faz aulas de surf, estuda em escola regular, tem amigos, vida social. Como qualquer menino de sua idade, já pensa em namorar e adora viajar, internet etc”, conta.

Direto ao ponto

A seguir, Bárbara Calmeto fala um pouco mais sobre a maternidade atípica.

Aventuras Maternas – Quais comportamentos incomuns em crianças com TEA as mães têm maior dificuldade de entendimento?
Bárbara Calmeto – Questões como a dificuldade em manter contato visual ou a sensibilidade a estímulos externos são comuns, mas muitas mães não compreendem que esses comportamentos podem fazer parte do espectro autista. Crianças no espectro podem ter dificuldades em manter o contato visual. Não é uma falta de interesse, mas um desconforto gerado por uma resposta cerebral distinta. Da mesma forma, ambientes festivos com luzes e sons podem ser excessivamente estimulantes para crianças autistas, e a reação de evitar esses locais também se torna uma fonte de preocupação. A sensibilidade sensorial é algo muito presente, e a criança pode se sentir sobrecarregada em ambientes com muitos estímulos, o que acaba gerando também uma sobrecarga para as mães que não sabem como lidar com isso.

Aventuras Maternas – Diante de uma realidade extremamente desafiadora, muitas mulheres acabam focando apenas no cuidado com os filhos. Como buscar o equilíbrio e tornar essa rotina menos “pesada”?
Bárbara Calmeto – As mães atípicas precisam lidar com os cuidados do dia a dia, buscar tratamentos, batalhar pela inclusão dos filhos, e ainda istrar suas próprias emoções. Isso pode levar à síndrome de burnout parental, um estado de esgotamento físico e mental que é extremamente comum entre as mães atípicas. E por isso afirmo sempre que essas mulheres precisam olhar pra si também. O autocuidado, por mais difícil que pareça, é essencial para mães atípicas. Muitas vezes, essas mães colocam as necessidades dos filhos acima das suas, mas elas também precisam de e para conseguir continuar oferecendo o melhor para a criança. Além do acompanhamento psicológico, é fundamental que essas mães tenham o a redes de apoio. Trocar experiências com outras mães que vivenciam os mesmos desafios traz acolhimento e alívio. Os grupos de apoio são um espaço seguro onde elas podem compartilhar suas angústias e encontrar força para seguir em frente. É preciso, ainda, que as mães (e suas famílias, é claro) busquem um ambiente educacional e social bem informado, que possa contribuir para o desenvolvimento da criança e também para o bem-estar das mães. Uma escola inclusiva e uma rede de e bem estruturada trazem não só benefícios diretos para a criança, mas também ajudam a aliviar a pressão sobre as mães.

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Priscila Correia

Priscila Correia (@aventurasmaternas) é jornalista, casada e mãe de 2 meninos, Theo e Benjamin. Autora de livros infantis, adora viajar e escrever sobre educação e saúde. Tem diagnóstico de Superdotação, assim como seus dois filhos, e gosta de falar sobre o assunto. É colunista da AnaMaria Digital, onde compartilha matérias sobre maternidade, infância e adolescência.

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